Livros não mudam o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas. (Caio Graco)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Domingo;

Domingo a tarde, 16:00hrs. Depressão, tédio, crianças gritando pela rua, roncos no fundo do corredor, cheiro de café invadindo os cômodos da casa e aquela sensação de estar tudo incompleto. Até que você sai de casa, revê pessoas queridas, outras nem tanto e fica lá, vendo o movimento... Criaturas insanas, acomodadas, paradas no tempo, fazem do ambiente um lugar místico e confuso. Tudo isso te faz pensar "eu sou normal?", "porque eu estou aqui?", "em alguma coisa nós todos somos parecidos, mas no que?". De fato, não cheguei a nenhuma conclusão. Algo confundiu meus pensamentos, ficando submersos em minha mente. Algo que eu não sei explicar. Algo que fez tudo mudar. Algo que......eu estava falando e já nem me lembro mais.  

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Exame Prático e hipocrisia;

Olá,
depois de meses, retorno a este blog, para contar situações cômicas ou nem tanto do meu cotidiano, expor minha opinião sobre diversos assuntos e até mesmo desabafar.

Um fato que me marcou esses dias, foi o meu desastre no exame prático do Detran. Ninguém gosta de fracassar, muito menos quando o fracasso envolve dinheiro e como eu ainda não me banco, acabei atingindo outras pessoas.
Algumas semanas atrás, fui fazer minhas duas últimas aulas na auto-escola com um novo instrutor, até aí tudo bem. Pratiquei como se não houvesse amanhã a tão perigosa e traiçoeira baliza, dirigi cuidadosamente pelas ruas do teste e segui em direção do local da prova. Chegando lá, me deparei com um ambiente tenso, típicas atendentes mascando chicletes e conversando com seguranças, o som da televisão ao fundo, pessoas de idades diferentes sentadas nas cadeiras em uma salinha nada aconchegante e uma voz no microfone chamando os nomes dos futuros motoristas. E como tantas outras pessoas, lá estava eu com meu instrutor aguardando meu nome ser anunciado, até que uma voz feminina chama mais alguns indivíduos e percebi que era a minha vez. Fui até o carro, e esperei o examinador chegar. Esperei mais um pouco. Analisei os demais em suas balizas e presenciei a falha de uma senhora que encostou no protótipo. Continuei esperando e sentindo o calor do Sol em meu braço direito. A porta do motorista se abriu e entrou um homem de meia idade, moreno, com uma correntinha no pescoço, o mesmo se apresentou e dirigiu até o lugar determinado para começarmos com a baliza. Sentei no lugar do motorista e completei perfeitamente a primeira etapa, foi quando este homem falou as piores palavras possíveis para aquele momento 'pode dar a volta nesse cone e sair no portão'. Quantas histórias já tinha escutado sobre a saída do portão do Detran, quantas pessoas reprovaram nesse mesmo lugar? Mas como fiz meu teste sozinha, não teve escapatória. E sim, eu fui mais uma vítima. Não entendi bem o que aconteceu, pois estava preocupada apenas em sair do portão e claro, não esquecer das 3 paradas. Simplesmente não vi o meio fio e as últimas palavras foram 'subiu um poquinho ali né, pode sair'. Desastre. Frustração. A vontade que eu estava era de não desligar o carro e mostrar para ele que eu sabia dirigir, sei virar para a direita, esquerda, direita de novo e estacionar, mas naquele momento meu bom-senso não deixou eu fazer nada do que queria, apenas sai do carro e engoli o choro. Hoje é até cômico comentar sobre esse fato, mas só quem passa por essa sitação sabe o quão frustrante é.

E este feriado veio em boa hora. Boa hora para organizar os pensamentos, boa hora para organizar o quarto que estava irreconhecível, boa hora para ver quantos fatos marcantes já aconteceram neste ano. É bom para rever a nossa rotina e analisar o que estamos fazendo de errado, como estamos tratando as pessoas que permanecem ao nosso lado, independente de quantas patadas levam e sem dúvida durmir e comer muito, diga-se de passagem. E nesse feriado, estava pensando sobre as pessoas que acham que somente o que acontece com elas é bom. Deixe-me explicar, você conta um fato qualquer sobre sua vida e este tipo de pessoa insiste em te deixar para baixo, alegando que o que aconteceu com ela é mais emocionante ou mais trágico, dependendo da situação. O pior é quando não é apenas uma pessoa, mas sim uma família, em que as mesmas veêm uma pessoa má vestida na rua ou em situações constrangedoras como uma queda, por exemplo, e começam a rir e fazer piadinhas sobre. Tenho tantos exemplos para expor aqui, porém ficaremos apenas com esses dois e é tão ruim quando acontece isso, pois você fica em um ambiente pesado se sentindo inferior, achando que nada na sua vida é tão interessante como na vida dessa outra pessoa e/ou dessa família, que quando o pai desce do carro, os outros membros começam a falar mal e você fica ali no meio de uma família que se diz perfeita, mas está vendo a contradição e o buraco que nela existe. Pessoas hipócritas que enxergam apenas o lado ruim dos outros e acreditam não ter este lado e por isso se sentem no direito de falar mau de tudo e todos. Se você acha que a sua vida é a melhor, sua família não tem defeitos, seus amigos são os mais verdadeiros, te digo que alguma coisa está errada.
Desejo uma ótima Páscoa e um pouco mais de humildade à todos, até logo!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Praia e pessoas;

Olá,
Como previsto para essa época do ano, eu estou na praia! Me bronzeando, desfilando com vários biquines por dia, indo à praia do meio dia até as 18:00 sem almoçar, apenas me refrescando no mar e tomando uma bera.
Não, realmente, essa não é a minha visão de praia e muito menos o que eu faço nela. Praia é sinônimo de ficar longe das pessoas queridas, longe dos lugares que você gosta de frequentar, longe da sua cidade. Porém, é um ambiente onde o descanso é a palavra chave. Descansar da vida mesquinha que levamos, das mesmas pessoas todo dia, da rotina, do stress diário e dar chance a novos hábitos, a novas ideias, novos comportamentos, olhar para nós mesmos e ver onde estamos certos e errados, sem contar que viajar é muito bom, conhecer lugares novos, sotaques diferentes do teu e compartilhar culturas fazendo com que você abra sua mente e veja que a vida e as pessoas vão muito além da sua rua, do seu bairro.

E nesses dias que eu fiquei fora da minha zona de conforto e ainda estou, vi o quanto me faz falta escrever, colocar os pensamentos em ordem, as minhas vontades em uma tela. Se eu coloco as minhas vontates em uma tela, logo, eu nao escrevo, eu digito. whatever.
O ser humano deseja todas as coisas materiais instantaneamente, tudo para hoje, agora e comigo, com você, não é diferente. Somos dependente desse mundo, dependente de status, de provar para a sociedade quão bons e bem sucedidos somos e que podemos ter o que queremos a qualquer hora. Mas, para quem não tem seu próprio dinheiro e depende da situação financeira dos pais, as coisas não são bem assim e foi onde eu aprendi a colocar prioridades na minha vida. Prioridades que me fizeram ser um pouco mais organizada no meu pensamento, mas mesmo assim, eu preciso escrever/digitar, como queiram, para me organizar ainda mais. Se você achou que tudo o que vc leu até aqui, foi só besteira, para mim, é uma forma de me organizar, nas ideias, no que eu quero, no que eu sinto. Em cada linha desse blog, as palavras vão soar diferentes para cada pessoa que lê, algumas vão se identificar, vão lembrar de situações e acontecimentos, outras simplesmente vão ler, fechar a tela e abrir o orkut ou o facebook, para os mais moderninhos. E assim é com as pessoas que passam na nossa vida, todas tem algo para lhe oferecer, basta você colocar na balança o que lhe convém e levar exemplos e qualidades adquiridas adiante. Por mais pessoas que eu conheça, passe o tempo que for, eu não consigo tirar esse meu medo de seres humanos. É, eu tenho medo das pessoas, as mesmas matam, não se importam com os sentimentos alheios e gostam de ver o ser da mesma espécie sofrer, isso é normal? O que é normal? Você é normal? O mundo está normal? Se chegarmos a responder essas perguntas, veremos que o assunto 'normalidade' é mais complexo do que imaginamos. Só posso garantir uma coisa, ninguém é normal, se você pensa que é, desculpa te desapontar, mas você é o mais estranho de todos.

E faltam 9 dias para eu estar em Curitiba. E só quem é Curitibano entende essa ânsia de viajar e querer voltar logo para a nossa querida cidade. Voltando ao assunto viagem, é ótimo tirar férias da própria casa, mais tirar férias de Curitiba é algo quase impossível, quando se está para partir, vem uma onda de remorso em que precisamos ficar, precisamos fazer uma última visita ao MON, a praça do governo, ao largo da ordem, uma última noite no James e pegar o madrugueiro e voltarmos felizes para a casa e aí sim, viajaremos feliz! Como podem ver, eu estou com muita saudade da minha cidade e das pessoas que nela habitam, mas elas podem esperar um pouquinho, não é mesmo, afinal, eu tenho 11 meses para curtir a minha linda Curitiba!
Uma boa cidade para vocês e uma boa praia para mim :) hoho, até logo!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Psicopatas e sorte;

Eu não sou uma psicopata.
Olá, Quinta feira tive a prova de que sou uma pessoa equilibrada, de acordo com o meu resultado no psicotécnico, foi constatado que eu tenho um alto grau de organização aham, sentá lá . Não sei até que ponto isso é válido, minha mãe nao acreditou muito nesse quesito organização, mas eu argumento com o clichê 'minha bagunça é organizada' e de fato é. Quando você chega em casa e larga suas coisas, você sabe aonde largou e por onde passou até chegar no seu quarto, ou seja, se você perdeu algo, refaça o trajeto feito e pronto, encontrará! Claro, as vezes não é tão simples assim, mas concerteza quando você está com pressa e atrasado para um compromisso só você sabe aonde está aquela blusa que você quer, de duas uma, ou está na pilha de roupas no quarto ou está amontoada no armário, com a excessão da sua mãe ter pego para lavar, mas aí não tem nada a ver com a sua organização.
Mas, voltando ao assunto, fiquei feliz por ter passado no psicotécnico, sempre achei que tinha tendências para ser uma psicopata *o* ou fazer algum mal para a sociedade, isso explicaria o meu medo de polícia. Será que só eu tenho medo de sirenes? minha vida passada me condena, só pode ser isso. No psicotécnico  há várias falhas, começando pela psicóloga estressada, gritando para desligar o telefone , sem contar a outra psicóloga me perguntando se eu uso drogas. Alguém em sã consciência responderia 'sim, eu uso e sou uma pessoa melhor por isso (;' acredito que não, ou seja, quero muito confiar no resultado, mas e se eu forjei a minha prova, se eu fiz aqueles malditos risquinhos só para ser aprovada, alguém já parou pra pensar? O importante é que me trouxe uma sensação boa, uma sensação de que agora eu posso viver em sociedade e meu lado yang prevalece. Porém ninguém pode falar completamente 'eu sou do bem', não, você não é do bem. você já deixou várias pessoas mals com alguma atitudes, com algo que você falou. Não existe ninguém que faça só o bem e até que ponto você é mau? Até que ponto largaria o que estivesse fazendo para ajudar alguém? Quem me garante que você defenderia uma pessoa aleatória em um assalto? E se você estivesse sendo assaltado, cobraria isso das pessoas, não é mesmo?
O ser humano cobra muito dos outros, aquilo que ele mesmo não faria. E existe a frase 'não faça para os outros o que não gostaria que fizessem para você' quem leva em consideração isso? Na hora de falar mal dos outros quem pensa 'aa nao vou falar mal de ninguém, pois não quero que falem mal de mim' na hora de tirar sarro de alguém, alguma pessoa na face da Terra, pensa assim?
Algumas pessoas realmente, deveriam pensar dessa maneira, é tanta maldade, tanto veneno que escorre da boca dos seres humanos que eu, sinceramente, não me iludo mais com a ideia de que seus conhecidos não falam mal de você. Mas acredito, que pelo menos os seus amigos tem provas concretas para falar mal, um defeito aqui, uma coisa que você disse e foi mal interpretada ali e que você sabe que existem essas 'críticas construtivas', digamos assim.  E os que se dizem seus amigos e falam mal de você para Deus e o mundo, você confia, conta seus segredos, acredita e quando se dá conta todos estão sabendo sobre a sua vida. E é por essas pessoas que eu desacreditei no ser humano. Hora do conselho: Acredite em você e em mais ninguém. é, as vezes me dá vontade de fazer psicologia apenas para entender a mente das pessoas, o porquê de certas atitudes e comportamentos, mas não, não quero nem pensar na possibilidade de trocar de curso, já basta o ano passado.

E amanhã é o meu último dia na auto escola, foram duas semanas cansativas, levantando cedo, pegando ônibus lotado e tentando prestar atenção em um conteúdo um tanto quanto maçante. Esse é outro processo que não me convence ser válido. Erros no sistema, processos em cima do Detran, conteúdos passados rapidamente, vídeos para matar tempo, simulados no site e é assim que passei minhas duas semanas e meia, para não ter a certeza de que estou preparada para a prova. Okay, confesso que faltou um comprometimento meu, não estou estudando e muito raramente dou uma lida na apostila, mais nada que eu não esteja acostumada, sorte: essa é a palavra. Você pode fazer tudo certo, mas se não tiver um pouquinho de sorte, de energias positivas, esqueça. Além do que nós vemos e vivemos, concerteza há uma força mística, que você pode chamar como quiser, que nos ajuda e nos auxilia em certos momentos em nossa vida e eu acredito muito nisso e por isso me inspiro no Zeca Pagodinho e 'deixo a vida me levar'!
O que diferencia dias que tudo parece dar certo, seu humor está ótimo, as pessoas são queridas e você ainda acha 10 reais na rua para dias que você já levanta chingando o mundo, sai atrasado e briga com todos? Pode ser sorte, energias, inferno astral, porém não há explicação, isso vai além da inteligência do ser-humano, além de qualquer justificativa plausível. 
Mas e você, acha que tem sorte?
Que a vida sempre te leve para os melhores caminhos,
até logo!